Cavalo no Folclore Rio Grande do Sul, O
Nas áreas rurais, é comum a utilização do cavalo como montaria para passeio, para ir a carreiradas, ir à missa (zona de imigração); para fazer compras no bolicho (armazém ou venda de campanha); para conduzir as crianças à escola; para acompanhar enterros e também para acontecimentos mais alegre, como, por exemplo, ir a um fandango (baile rural) e cerimônias de casamento. Além de ser usado como montaria, o cavalo é utilizado para tração de carroças, gaiotas, jardineiras, charretes, etc.
A maior atuação do cavalo, no Rio Grande do Sul, é na lida campeira. É elemento imprescindível para "parár rodeio", "laçar e pelear", nas marcações e castrações; nas camperiadas, "recorrendo" o campo; nas tropeadas e nas rondas noturnas, quando há gado estranho no campo.
O gaúcho monta a cavalo da esquerda para a direita. Quem monta ao contrário, é dito "baiano".
O gaúcho dá preferencia ao cavalo dito crioulo. Chama-se crioulo o que descende "dos importados pelos conquistadores da América e que, aqui aclimatamos, vieram a construir uma raça zootécnica com caracteres bem definidos".
Através de pesquisa de campo, observamos as mais variadas denominações dadas ao cavalo, com relação à idade, sinais, pelagem, andadura, manhas, etc.
Quanto a idade, recebe as seguintes denominações?
POTRANCA ou POTRILHO é o cavalo recém nascido.
POTRANCA, no caso de tratar-se de fêmea (nome que conserva enquanto não for coberta)
POTRO é o cavalo novo, macho.
Texto extraído do livro "O CAVALO NO RIO GRANDE DO SUL" da Pesquisadora Liliam Argentina Braga Marques, publicação MTG, 2007.
Neste ainda encontras, aspectos históricos, hipologia, procriação do cavalo, alimentação, cuidados com o cavalo, cola do cavalo, apetrechos usados na doma, marcação e castração, dentre outros.